"O caminho do escritor é, como dizia, Hemingway, um caminho solitário. O escritor é individualista, precisa de introspecção para encontrar sua própria voz, mas também precisa ser curioso, pesquisar, percorrer rotas externas."
(Isabel Furini)
Quando eu a conheci pessoalmente, não imaginava que dentro daquela pequena mulher sentada à minha frente pudesse existir um verdadeiro vulcão adormecido. Parecia tão voltada às coisas de sua família; casa, cachorros, artesanatos muito bem feitos e de bom gosto, fazia um pão caseiro delicioso e algumas vezes foi-me oferecido saborear dele em sua companhia, uma verdadeira dona de casa dominando plenamente seu reino doméstico.
Devagar foi mostrando, ali, em seu espaço virtual, forte veia poética em textos cheios de lirismo e poesias que me arrebatavam para o mundo mágico e sonhador que os poetas nos conduzem. Teve também o tempo da crítica ácida à política e alguns costumes e me envolveu mais ainda, seguiram-se assuntos polêmicos e interessantes que ela orquestrou em blogagens coletivas inventadas por ela e que despontou num grande número de seguidores e fez muita gente se conhecer e entrelaçar-se nesta imensidão que é a blogosfera atualmente.
Entre uma postagem e outra, mais confiante na recepção que teve dos amigos pelos seus escritos, foi se mostrando uma talentosa escritora, tanto em poesia quanto em prosa. Resgatou então aquela imensa vontade que tinha desde a tenra idade para escrever, colocar seus pensamentos, inventar estórias e personagens, além de pesquisar fatos históricos para inserir em seus textos.
Começou então o livro que será lançado agora em 14 de abril - Na Esquina do Tempo no.50 - Menopausa Modos de (se) Usar - e eu tive o privilégio de acompanhar de perto suas palavras que brotavam entre lágrimas e risos, um misto de satisfação pela realização e de sofrimento pelas lembranças que muitas passagens lhe trouxeram.
Glorinha Leão ou L.de Lion como a conhecemos por aqui, promete, será uma grande revelação no mundo da literatura, porque tem amor por ela, sempre leu, cresceu entre os livros e não os desprezou, pelo contrário, aproveitou o máximo do que eles lhe ofereciam.
A libélula, enfim, saiu de seu casulo e está liberta, solta aos ventos de mudanças.
Seu livro não mais lhe pertence, mas sim a todos nós que teremos o prazer de conhecer seus pensamentos mais íntimos expressos através das diversas personagens inseridas em suas páginas. Sinto-me honrada em ter acompanhado de perto este seu grande esforço e realização e muito orgulhosa em ter mais uma amiga escritora e junto vivenciado este seu grande feito.
Nos encontramos lá, Na Esquina do Tempo no. 50 no dia 14 de abril.
Parabéns, amiga Glorinha, por realizar seu maior sonho!
Muito Sucesso!